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Politica


QUIJINGUE: Prefeito não atende ligações dos vereadores e crise política se agrava ainda mais



Vereadores prometem que a pauta da câmara ficará trancada para votações de projetos de interesse do governo.

A crise política que se abateu no governo de Almiro Costa Abreu Filho vai se agravando cada vez mais. Ontem (11), após a sessão plenária da Câmara Municipal, vereadores da base do governo formaram uma comissão para, junto com o prefeito e a empresa contratada para a prestação dos serviços de transporte escolar, discutirem sobre a situação dos locadores de veículos automotores.

De acordo com os vereadores, no ano passado, a empresa Limpex Locadora e Serviços LTDA-ME,contratada pela prefeitura para a prestação destes serviços, teria se negado a efetivar contratos individuais com cada proprietário de ônibus, como sempre foi feito em anos anteriores. A falta de um contrato com o valor dos serviços definido permitiu a empresa realizar reduções nos valores pagos aos proprietários de ônibus por várias vezes durante o ano. Para o vereador Reginaldo Cavalcante, isso foi um roubo, pois a empresa não poderia ter reduzido esses valores.

Depois da reunião na câmara, a comissão, formada pelos vereadores Célia Santos, Ivani Costa e Zé do Pife, ficou de entrar em contato com o prefeito para informá-lo da situação e para agendar uma reunião com ele e com a empresa. No entanto, por volta do meio-dia de hoje (12), chegou-nos a informação de que os vereadores da comissão ainda não tinham conseguido falar com o prefeito, pois o mesmo estava se negando a atendê-los.

Enquanto a empresa não assinar os contratos com os proprietários dos veículos, a pauta da câmara será trancada para a votação de projetos de interesse do governo, prometem os vereadores.
Fonte:Folha da Vila

QUIJINGUE: Vereador Reginaldo Cavalcante pede à presidente da Câmara Municipal para comunicar ao prefeito que ele estava renunciando à liderança do governo

Ao usar a tribuna da Câmara Municipal, na sessão plenária desta terça-feira (11), o vereador Reginaldo Cavalcante solicitou da presidente da casa legislativa, vereadora Célia Santos, que comunicasse ao prefeito Almiro Costa que estava renunciando ao cargo de líder do governo. A renúncia vem depois do acidente que acarretou na morte do irmão do edis.

Antes de apresentar os motivos que o levariam a renunciar à liderança do governo, Reginaldo falou do seu sonho em ser político. Quando trabalhava em São Paulo sempre desejava voltar à Quijingue para ser vereador, mas, no dia 15 de fevereiro, perdeu o estímulo de tudo e, só a fé em Deus poderá dar forças para a sua superação, afirmou.

Quando começou a apresentar os motivos da renúncia, Reginaldo responsabilizou seu próprio governo pela morte daquele que ele considerava seu melhor amigo e braço direito: "Meu irmão era o nosso braço direito... quem me sustentava... meu amigo. Tudo era entregue na mão dele", declarou. A demora no socorro do irmão por conta da falta de uma ambulância no Hospital Municipal teria sido fator decisivo na morte do seu ente querido. "Ele [o irmão] me chamou duas vezes no hospital: 'você vai me deixar aqui?'. Isso para mim foi o que mais doeuPara sair daqui do hospital demorou 3 horas, com mais 3 ou 4 da viagem, dá 7 horas, deu convulsão por perda de sangue", informou, mostrando-se bastante inconformado.

Reginaldo mencionou ainda que o prefeito, mesmo contando com até R$ 200 mil, no Orçamento Municipal, reforçado por um Requerimento aprovado pela Câmara, em caráter de urgência urgentíssima em 16 de julho de 2013, solicitando a aquisição de duas ambulâncias para a frota municipal, o prefeito não se importou em comprar os veículos. Disse também que já tinha o alertado por diversas vezes que as ambulâncias do município não tinham mais condições de viajar. Contou o caso que aconteceu no início do ano de 2013 que, quando o avô viajava para salvador, as portas da ambulância que o transportava se abriram, obrigando o motorista a retornar. Outros casos parecidos teriam acontecidos seguidamente.

O vereador considerou inaceitável a falta de uma ambulância no Hospital e lembrou que até água tem faltado: "Como num hospital pode faltar água?", questionou. Reginaldo falou ainda que sempre vinha alertando ao administrador sobre os déficits nos investimentos nas áreas da saúde e educação. Segundo o vereador, para cobrir um déficit de quase R$ 1,5 milhão, na saúde e educação, a gestão colocou como restos a pagar para 2014, como forma de atingir os percentuais que a lei exige.

Reginaldo disse que teria ouvido de alguém que a sua saída da liderança era preocupante por conta da repercussão política que iria gerar e que a oposição podia se aproveitar do caso. Mas, o vereador se dizia pouco preocupado com isso, pois, nisso, se foi a única vida do irmão, e que estas pessoas estavam se preocupando apenas com as próximas eleições, nas barganhas; não sabendo nem se estaremos vivos na próxima eleição. Aproveitou e disse que a corrupção é a maior responsável pelas guerras, pelas misérias, pela fome e pelas mortes que acontecem à míngua, por conta dos desvios de milhões de reais dos cofres públicos. Enfatizou que devemos agir pela razão e não pela paixão política.

Reginaldo agradeceu a todos que se solidarizaram com sua família por meio das redes sociais e nas visitas. Disse que foi eleito e devia satisfação ao povo que concedeu três mandatos; sua missão é a de lutar por todos os cidadãos, pela melhoria de vida da população de Quijingue: "Nosso poder legislativo precisa lutar e melhorar a vida, lutar para transformar".

Agradeceu a confiança que lhe foi dada e pediu a presidente Célia Santos para comunicar ao prefeito que ele não era mais líder do governo.
Fonte:Folha da Vila

Rui Costa admite que gestão de ACM Neto "pressiona" governo do estado

O pré-candidato do PT ao governo do estado e secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, foi o entrevistado desta semana do Bocão News. O petista comentou as ações do governo Wagner e criticou alguns pontos que considera deficientes da gestão. Citou a segurança pública – alertando que é um problema nacional – e a necessidade de “enxugar a máquina”.

Rui Costa minimizou a resistência interna enfrentada dentro do próprio partido dos trabalhadores e garantiu que o Partido dos Trabalhadores caminhará unido para elegê-lo.


Apesar de fazer questão de enaltecer o projeto que, segundo ele, está mudando a Bahia, Rui Costa também não abriu mão de alfinetar a oposição. O petista, ao justificar os atrasos nas obras da atual gestão, fez questão de lembrar as “obras atrasadas de Geddel”, no período em que o peemedebista era ministro da Integração Nacional.

Outro ponto de destaque da entrevista foi quando Rui Costa assumiu que o desempenho do prefeito ACM Neto em Salvador “serve de estímulo” para a gestão estadual se dedicar e trabalhar mais.
A polêmica votação do IPTU na Câmara Municipal de Salvador também não ficou de fora.

Especialmente, o posicionamento de cinco vereadores da bancada petista que, à época, votaram a favor do projeto e agora entram com uma ação numa tentativa de suspender a cobrança do tributo da capital.

A disputa entre o PP e o PDT para emplacar o candidato a vice-governador na chapa petista também foi debatida, inclusive, estabelecendo um prazo para a definição.

O pré-candidato, em vários momentos da entrevista, fez comparações com o futebol. Ao elogiar a capacidade de ACM Neto, disse: “quando um craque tem alguém que pode substituir do lado de fora, ele corre mais”. Para finalizar, ao destacar as suas características para ser governador da Bahia, se posicionou como atleta “de meio de campo, para jogar de cabeça em pé e olhar para toda a Bahia”.


Bocão News - Vamos começar a falar sobre o plano de governo que está sendo desenhado. É mais fácil fazer um plano de governo estando no governo, né?

Rui Costa - Eu diria que estar no governo você abre a possibilidade de analisar tudo o que foi feito, fazer um balanço, e, em cima do pavimento feito, projetar uma nova Bahia, a Bahia dos sonhos dos baianos. É isso que está sendo feito. Estamos repensando a partir da base que foi feita em cima da base construída pelo governador Jaques Wagner. Não digo que é mais ou menos difícil. É uma experiência inédita e nós estamos fazendo isso de forma participativa, do ponto de vista pedagógico. Eu diria que as regiões do estado, cada segmento e cada cidadão, na verdade, hoje ele quer ser ator principal, quer sou ouvido, dar sua opinião e ver sua ideia debatida e analisada. É isso que estamos fazendo nesse momento. Ouvindo a opinião de todos, fazendo um processo denso e maduro em que o estado inteiro possa participar, militantes e pessoas que não fazem parte de partido que desejam contribuir.


Bocão News - Esse modelo participativo vem se incrementando a partir das conferências. Hoje nós podemos dizer que a política de estado na Bahia funciona dessa forma participativa mesmo?
Acho que é o momento de consolidar a participação do cidadão. O cidadão quer ter voz. A partir do governo Jaques Wagner, nós fizemos conferências para todas as áreas de governo com ampla participação. Eu mesmo conduzi o primeiro PPA (Programa Plurianual) e nós tivemos a participação de 40 mil pessoas em todo o estado, o que prova a vontade das pessoas de opinar sobre o destino do seu estado.


Por outro lado, se o que foi sugerido e discutido ali não for implementado, a cobrança é maior.
Isso é bom porque você vincula o voto, cada vez mais, ao programa de governo e a propostas e não a outras questões que e não a outras questões que eram vinculadas no passado e que faziam tanto mal ao Brasil e à Bahia. O voto tem que estar vez mais vinculado ao programa de governo. Isso faz bem para a Bahia e faz bem para o estado.

Bocão News - Quando o seu nome foi anunciado como o candidato do PT, houve muita resistência, inclusive, dentro do Partido dos Trabalhadores. O senhor considerada que essas arestas já foram completamente aparadas?

Não tenho menor dúvida disso. Estamos fazendo várias reuniões, inclusive com a participação do Gabrielli, do Luiz Caetano, do Walter Pinheiro e essa é uma característica do Partido dos Trabalhadores há muita discussão e às vezes muita disputa, mas quando se toma uma decisão todos partem, unidos, e isso que está acontecendo agora no estado e essa união tem propiciado uma participação muito ativa nessa caminhada.


Bocão News - Hoje como está o diálogo dentro da base. O PT tem nove partidos que já declararam apoio. PP e PDT disputam a vaga de vice-governador na chapa. Existe um prazo para essa resposta ser dada e acabar essa agonia e como está a conversa para harmonizar?

O prazo é a semana após o carnaval. O carnaval termina na quarta-feira de cinzas e na semana seguinte reuniremos as lideranças para que possamos anunciar. Ou de forma unitária e consensual ou o governador arbitra a partir de critérios definidos por ele e pelas representações partidárias.


Bocão News - Quais são esses critérios?

Os critérios serão muitos: tempo de televisão, tamanho de bancada estadual e federal, número de prefeito e prefeitas, capacidade do candidato ampliar para outros partidos, opinião dos outros partidos que compõem a base governista, enfim, um somatório de critérios que o governador vai se balizar se, até lá, não chegarmos a um acordo.


Bocão News - Como o senhor vê a ameaça do PP de sair da base, caso Marcelo Nilo seja o indicado para ser o seu vice?

Não acredito na possibilidade de divergências, com saída de partido da base. Todos estão, legitimamente e politicamente, lutando por aquilo que acreditam. Tanto o PP quanto o PDT entendem que merecem um lugar na chapa na condição de vice-governador. Eu tenho absoluta confiança e convicção que os dois partidos, tanto o PP quanto o PDT, colocam em primeiro lugar a aliança política e o projeto político em curso. Eu tenho certeza que nenhum dos dois partidos vai sair da aliança e do projeto por conta de, eventualmente, não ser indicado.


Bocão News - O senhor teve uma participação decisiva no primeiro governo Wagner, na Serin. Muito se critica a política de atração de novos parceiros e aliados para ampliar a base. Como manter e qual o desafio nessa próxima gestão, caso seja eleito, de manter uma linha progressista?

A ampliação não tem problema, desde que você mantenha seus valores, seus princípios e o lugar que você quer chegar. Nós queremos construir uma Bahia de oportunidades, uma Bahia de inclusão social, uma Bahia em que possamos nos orgulhar. Nós estamos, ainda, construindo esta Bahia. Não chegamos lá ainda, mas os indicadores e as condições de vida do povo baiano e o povo brasileiro têm melhorado muito nos últimos anos. 40 milhões de pessoas deixaram a condição de extrema pobreza. Só aqui na Bahia, 3,5 milhões de pessoas. Isso nos orgulha e nos motiva para continuar trabalhando. Nós fizemos essa estrutura com a parceria de diversas forças políticas que, no passado, não estavam conosco. Eu acho que a sabedoria é essa: juntar as pessoas diferentes com o mesmo objetivo. Eu acredito muito e, para facilitar o entendimento das pessoas, de comparar com o futebol.  Se você montar um time só com goleiros, você provavelmente vai perder. Se montar com 11 centroavantes, também não irá ganhar uma partida. Um bom time é formado por jogadores com características diferentes, com o objetivo de vencer. É este objetivo que vamos buscar manter no governo. Se permitirmos que as vaidades pessoais tomem o primeiro plano, a derrota é certa. Cito como exemplo a seleção de 82. Foi a melhor seleção que vi jogar, mas perdeu, a meu ver, porque cada jogador quis ser uma estrela solitária.


Bocão News - Qual o limite da ética nessa tentativa de atração? O deputado Lúcio Vieira Lima nos deu entrevista, recentemente, e acusou o Partido dos Trabalhadores de fazer essa tentativa de atração de uma forma não muito ética. Disse que o PT trouxe prefeitos de outros partidos de uma maneira muito questionável, do ponto de vista moral e ético. Como é que está sendo feita essa relação?

O primeiro compromisso é com a honestidade, de sinceridade com as pessoas, e que as ações do governo sejam pautadas em melhorar as condições de vida do povo baiano. Esses são os elementos que estruturam qualquer relação política. Então, se um prefeito ou um deputado quer estabelecer uma relação política, você vai estabelecer com ações que visem melhoras a vida do povo. Se no passado algum prefeito já trocou voto para fazer a estrada da fazenda dele, colocar energia na casa, ou fazer qualquer tipo de favor pessoal, isso não é uma aliança que baseie no interesse público. Mas se um prefeito pede uma obra para um bairro pobre dessa cidade, se um deputado faz reivindicações para as suas bases, mas vai atender a população mais carente, isso é legítimo e faz parte do jogo da política. O que, na minha opinião, foge à regra é quando você, para atrair algum aliado, transforma uma ação pública numa ação para benefício pessoal.


Bocão News - Dos principais pré-candidatos ao governo do estado, o senhor é o único que ainda não disputou uma eleição majoritária. O senhor acredita que o fato de ainda ser desconhecido do grande público pode ser uma vantagem na próxima eleição?

Acredito que isso é uma vantagem porque eu vou ter a oportunidade de mostrar do jeito que eu sou, o jeito que eu penso e o que eu quero fazer para os baianos e baianas. Evidentemente, tudo isso em cima de um projeto que o governador Jaques Wagner pavimentou. Eu considero isso como uma vantagem porque a população da cada vez mais um sinal claro de que quer fazer uma renovação na política, colocando para ser prefeito e governador pessoas que, até então, nunca disputaram uma chapa majoritária e que a população considera nova na política para que haja um processo de modernização da política.


Bocão News - Boa parte das pessoas que fazem oposição ao governador Jaques Wagner comemorou e externou contentamento quando seu nome foi indicado para liderar a chapa prevendo que seria mais fácil vencê-lo. A que você atribui e como você encarou essas declarações?

Eu fiquei até feliz quando vi.  Feliz e motivado como aquele time que vai entrar em campo e o adversário acha que já ganhou e está comemorando antes mesmo da partida começar. Todos nós que presenciamos quem se comporta assim está muito perto da derrota. A humildade, em qualquer situação, em qualquer atividade humana, é sempre uma excelente companheira. Eu, desde guri, nasci num bairro muito pobre, na Liberdade, e aprendi desde cedo que qualquer ser humano, antes de tudo, tem que ter humildade. Não tem ser humano, nem o mais rico, nem o mais inteligente, que nunca tenha precisado e nunca vá precisar da ajuda de outras pessoas. Eu tenho muita humildade ao entrar nessa eleição. Respeito muito qualquer que seja o meu adversário da oposição. Essa decisão cabe somente ao eleitor. Até o dia da eleição, ele tem uma opção de voto. Até o último momento ele está decidindo e absorvendo informações. Aquele que acha que o eleitor já decidiu e, portanto, pode desprezar a vontade do eleitor, corre um grande risco de perder as eleições.


Bocão News - Muito se fala de (falta de) carisma. Você se considera um candidato carismático e acha que isso é realmente preponderante e determinante nesta disputa eleitoral?
(Risos) Olha... eu tive uma vida de superação. Não sei se a palavra é ‘carisma’, mas Deus me protegeu até aqui. Para quem nasceu numa encosta de Salvador, que às vezes, de madrugada, a mãe tinha que acordar os filhos, com medo de morrerem soterrados, muitas vezes não tínhamos o que comer e eu tinha que pescar mariscos no Humaitá com as outras crianças da rua, que quando não tinham o que comer, ia cortar palha de bananeira, amarrava no cordão, pegava restos de carne no açougue para pescar siri para ter o que comer em casa.  Tive que batalhar para entrar numa escola técnica para ganhar uma profissão e entrar no polo petroquímico. Ou seja: Quem teve essa vida de superação, eu entendo que mais do que se afirmou e, com a ajuda de Deus, entendo que fiz uma trajetória positiva. Eu nunca tinha pensado em fazer política, antes de entrar para a fábrica e fazer esta caminhada até aqui. A última eleição que disputei para vereador, fui o vereador mais votado do PT. Quando sai para deputado federal, em 2012, fui o mais votado da coligação, com 212 mil votos. Os fatos falam mais do que as versões. Eu prefiro ficar com os fatos e, principalmente, me ater ao dia 4 ou 5 de outubro. Espero que, até lá, possa me apresentar ao povo baiano, ganhar a confiança das pessoas, e ganhar as eleições. O resto ficará por conta das versões e eu ficarei com o fato no dia das eleições.


Bocão News - Indo um pouco para a gestão, o PT adotou uma estratégia com o funcionalismo público, mas ainda há, dentro da categoria, uma insatisfação grande e isso deixa uma impressão, para quem está de fora, de que está fazendo algo.  O que está sendo não está sendo reconhecido ou é porque se esperava mais?

Não é uma opinião, os números comprovam: nenhum governador nos últimos 40 anos deu um aumento real para todas as categorias como Jaques Wagner deu. Quando eu falo em aumento real, falo em aumento além da inflação. Nós tivemos dois momentos. O primeiro lá atrás, o inicial, no primeiro governo, de fazer um reajuste geral e melhorar as categorias que estavam muito embaixo. Na PM, todos os soldados estavam com salários abaixo do salário mínimo. Nem ticket alimentação os policiais recebiam. Somente os policiais da capital recebiam ticket alimentação. O delegado, por exemplo, era o pior salário do país. Então o que nós fizemos? Nós, primeiro, nivelamos geral. Demos um grande reajuste, acho que de 22%, para trazer todo mundo para a saída do salário mínimo. As etapas seguintes foram de ajustar as diversas carreiras para deixar os salários parecidos com os cinco ou seis maiores salários nos estados brasileiros. Todas as categorias, hoje, no estado, estão entre os sete maiores salários do país. Por que as pessoas ainda querem mais? Acho que porque, como elas passaram muitos anos com o salário comprido, se criou uma expectativa grande de que haveria uma variação salarial ainda maior. Então, quando você tem a expectativa de que vai tomar dois copos de vitamina, e você só toma um, você fica querendo mais, até porque os salários não são altos. Os salários ainda são baixos dos servidores. Um policial estadual, um policial civil, uma professora da rede estadual, para ficar nesses exemplos, merecem ganhar mais. Temos um limite financeiro e o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Estamos sempre dando o limite. Mais do que isso, o governador teria suas contas rejeitadas e seria condenado pelo Tribunal de Contas do Estado e também pela Justiça.


Bocão News - Você acabou de citar pontos que considerou positivos em relação ao funcionalismo, mas, na sua avaliação, qual é o ponto mais deficiente e mais frágil na administração do governo estadual?

Não diria mais frágil da administração estadual. Diria que o ponto que preocupa mais o país inteiro e a Bahia também é a segurança pública. Especialmente, os itens consumo e tráfico de drogas. Na Bahia, e em todo o Brasil, os índices de violência são altos. Não tem um estado brasileiro sequer que tenha índices aceitáveis. O que se pode discutir é quem está na frente ou atrás. Você tem países no mundo que só tem um homicídio por ano. Sou defensor de uma política nacional de segurança. Eu não acho que devam resolver os problemas sozinhos. No Fundo Nacional de Segurança Pública, onde sejam viabilizados mais investimentos nos estados e também a criação de uma força nacional de segurança. Porque o que está aí, na verdade, é uma reunião de policiais dos estados. Outros países no mundo têm, de fato, um contingente grande de Força Nacional de Segurança que ajuda em situações críticas de segurança pública, assim como acho que devemos, de forma mais efetiva, impedir a entrada de armas e drogas no país. Armamentos pesados de exércitos de outros países estão na mão de bandidos brasileiros. É importante, na questão das drogas, primeiro, assistência para os dependentes. Segundo, um combate firme aos traficantes, além de impedir que essas armas e drogas entrem no país. Precisamos mobilizar as famílias porque quem cuida de quem já entrou no caminho errado é a polícia, mas quem impede que novos jovens entrem no caminho errado são as famílias. Não é o governador, não é o deputado, não é o prefeito. Nós devemos fazer uma grande mobilização dos estados brasileiros, das prefeituras e da imprensa para que a gente possa combater esse grande mal, esse gafanhoto, que são as drogas.


Bocão News - Você entende que é preciso ampliar as discussões, a exemplo do Uruguai, que se discute a legalização da maconha, de você ter algum tipo de ampliação desse debate?
Todo debate é bem vindo. Esse, principalmente, sobre como lidar com uns entorpecentes. Sobre como a sociedade pode lidar com isso. Você falou do Uruguai, mas na Europa, como na Holanda, tem consumo da maconha restrito. O debate é válido. A situação é muito grave e, paralelamente ao debate, temos que tomar medidas urgentes de combate ao tráfico. O que causa hoje esse grande mal não são as drogas leves como o álcool e a maconha. O que está corroendo o tecido social é o crack e os outros entorpecentes mais pesados, que deterioram fisicamente as pessoas em poucos meses. Precisamos de um tratamento de choque, uma mobilização nacional, em torno desse tema.


Bocão News - Em sua avaliação, os investimentos que estão sendo feitos em segurança pública, especificamente na Bahia, estão trazendo o retorno esperado?

Os indicadores melhoraram, mas eu entendo que precisamos de um volume muito maior de investimentos. Agora, o governador Jaques Wagner contratou empréstimo no Banco do Brasil de R$ 600 milhões para construir presídios em várias regiões, novos distritos policiais, delegacias, viaturas e chamar mais policiais. Mas, mesmo com esse investimento, eu ainda acho que é insuficiente. Por isso que eu defendo o Fundo Nacional de Segurança Pública. A Bahia precisaria ter agora, pelo menos, 40 mil policiais militares. Wagner recebeu com 26 mil, contratou 12 mil, mas seis mil se aposentaram ou estão de licença. Então temos 32 mil PMs. Você poderia então me perguntar: Por que não contrata esses oito mil que estão faltando?  Porque estamos no limite e o limite da lei não permite. Se nós tivéssemos o aporte de um fundo nacional, nós resolveríamos isso. Se nós tivéssemos os 40 mil policiais militares, aumentaria, e muito, a presença em todas as cidades da Bahia, garantindo uma maior segurança para a população.

Bocão News - O senhor fala do aporte que é necessário que venha do governo federal. Muito se discute, também, sobre a necessidade de se rever o pacto federativo. Como está esse debate e qual é a sua opinião a respeito disso, já que visa administrar o estado e os orçamentos estão cada vez mais achatados. 

Sou a favor de uma completa reformulação do atual modelo de divisão de recursos. Há, em minha opinião, uma concentração muito grande de recursos da União. Estados e municípios ficam com muito poucos recursos, diante de suas necessidades. Principalmente, os estados e municípios do nordeste, norte e centroeste. O sul e o sudeste, como têm estados e municípios mais ricos, eles acabam se virando. No caso dos estados do nordeste, norte e centroeste, o aperto é muito grande. A Bahia, hoje, em 2014, todos os investimento são feitos com empréstimos. O recurso próprio é, basicamente, para manter a ‘máquina’ funcionando. Não é possível manter essa situação. Precisamos distribuir melhor os recursos. Com os avanços das políticas sociais, a partir de Lula e Dilma... vou dar um exemplo para ficar mais claro: Dilma está construindo algo em torno de seis mil creches em todo o país, o que eu acho uma medida extraordinária porque a educação começa desde o guri bebê. Só que o governo federal está construindo a creche. Depois que ficar pronta, vai para a conta de quem? O prefeito é que vai ter professores, cuidadores de criança, manutenção do prédio, vigilantes, enfim, essa despesa corre por conta do município. É necessário, até pelo avanço das políticas sociais, reforçar o orçamento dos estados e municípios.


Bocão News - Há quem defenda até uma inversão. O município constrói e a União mantém... (risos)
(risos) Eu, brincando, às vezes, negocio muito obras e ações do governo federal. Às vezes eu brinco quando vou conversar com eles e digo o seguinte: o estado da Bahia constrói o hospital e vocês mantêm durante dez anos. Porque um hospital, por exemplo, se custa R$100, você gasta por ano para manter R$ 100, o mesmo valor. A grosso modo, o que você gastou para construir, você gasta todo ano só para manter.

Bocão News - Sobre as PPPs (parceria público-privada), que vêm dando certo, mas que tem alguns problemas em relação à fiscalização, há necessidade de ter um estado já que não opere, mas que fiscalize. Que cobre os resultados e que tenha critérios para isso...

Eu sou um adepto ao modelo PPP. A Bahia saiu na frente. Primeiro, com o Emissário Submarino, depois com o Hospital do Subúrbio e depois com a Fonte Nova. Todos os três casos são exemplos de sucesso e de bom resultado. Eu entendo que o estado tem que provedor do serviço público. O Hospital do Subúrbio funciona muito bem, em minha opinião, e é um serviço gratuito. O povo não paga nada para ser atendido no Hospital do Subúrbio. Isso que tem que ser garantido. O modelo de gestão não precisa ser fixo, engessado. Ele pode ser como é o Hospital Roberto Santos, como é o HGE, mas nós podemos ter outros, a exemplo do Hospital do Subúrbio. Então, eu sou adepto a esse modelo e entendo que você tem que desenvolver e aperfeiçoar os modelos de controle para que isso funcione ainda melhor. É um aprendizado. O que eu defendo que mude é a lei de licitação do país, que está superada e não serve ao interesse público. Está arcaica e prejudica os cofres públicos. A lei precisa ser revista para dar mais garantia ao poder público.


Bocão News - Entrando em outras questões, a oposição critica o governo Wagner que, segundo a denúncia, não construiu nenhuma barragem durante a gestão e que não entregou nenhuma obra orçada, licitada e construída dentro do prazo de contrato.

Nenhuma das duas afirmações é verdadeira. O governo Jaques Wagner já concluiu e entregou quatro barragens. Uma delas, inclusive, em Mulungu do Morro, quem iniciou a obra foi Otto Alencar. Aqueles nove meses que ele ficou, quando fez a transição para Cesar Borges. Depois, entrou o ex-governador Paulo Souto e a obra ficou parada. Foi construída quatro ou cinco meses no período de Otto e depois ficou paralisada. Wagner praticamente começou e concluiu a obra. Ele também construiu a adutora que levou a água da cidade e dos distritos da região. Ainda tem Barra do Choça, de Brumado; e uma de Igaporã, que nós concluímos a obra, mas até agora não pegou água. O pessoal brinca e diz que se essa barragem ver água, sai correndo. Mas a barragem está concluída. Então essa afirmação não é verdadeira e essas quatro barragens foram construídas no governo Wagner e estamos em obras em mais duas: uma do Rio Colônia, em Itabuna, e a barragem em Vitória da Conquista, do Rio Catolé.
Sobre obras conclusas dentro do prazo, isso também não é verdade. Posso citar o anel viário do aeroporto; a obra de água de Irecê, que foi concluída em sete meses e custou 180 milhões de reais; posso citar a obra de Guanambi, que foi construída em seis meses, que traz água do Rio São Francisco até a região de Guanambi; e poderia, ainda, citar dezenas de outras, assim como poderia também citar obras que, de fato, passaram do prazo. Também posso citar várias obras dessa oposição que, quando era governo, largou parada. Essa mesma que eu citei de Mulungu do Morro nós recebemos com quatro anos de paralisação. A obra da adutora de Buritirama também, quando nós chegamos ao governo, a obra estava paralisada. Poderia citar dezenas de obras que eles deixaram paralisadas e nós concluímos. Parte desses atrasos – não vou ser leviano e não vou fazer politicagem – sejam deles ou nossos tem a ver com esse modelo de licitação equivocada que falei. O ex-ministro da Integração, que é do PMDB, possível candidato a governador da Bahia, ele tem várias obras paralisadas no estado. Estava conversando sobre isso com o deputado Adolfo Menezes sobre a obra de esgotamento sanitário de Campo Formoso, que a Codevasf e o Ministério da Integração começaram a construir e paralisou enquanto ele era ministro. Assim como o esgotamento de Igaporã ficou paralisada enquanto ele era ministro. Esse não é um bom tema para a oposição listar porque poderia aqui citar dezenas de outros. Algumas obras a situação está tão enrolada, que até hoje não conseguiu desenrolar.


Bocão News - Entrando um pouco na política municipal em Salvador, queria saber como o senhor viu a aprovação do polêmico IPTU na Câmara Municipal, com votos de cinco vereadores da bancada do PT, e agora os mesmos edis se posicionaram a favor da ação petista para suspender a cobrança do tributo. Como é que o senhor viu essa mudança de opinião dos petistas?

Eu não sei. É melhor vocês conversarem com os próprios vereadores para que eles falem qual foi o entendimento que eles tiveram do projeto. Não tenho condição de avaliar a opinião deles naquele momento. Posso dizer que quando fui vereador, fui presidente da Comissão de Finanças e Orçamento. E todos os projetos que passaram na Câmara, naquele período, eu diz questão de fazer audiência pública, fiz questão de negociar, de fazer os ajustes com o secretário de Finanças da época, e propor as alterações mesmo que eu fosse derrotado na comissão. Eu não sei como se deu o processo de convencimento deles à época, porque muitas vezes, também, você pode ter um entendimento diferente do que o projeto é e só perceber depois porque essa questão tributária não é trivial. Não se trata de dizer “é tanto de reajuste”. O debate gira em torno da valorização da base sobre a qual será aplicada esse reajuste. Foram definidas novas bases de valorização dos imóveis. Esse dá o grande diferencial de valor que está gerando toda a polêmica e que, talvez, todos não tenham entendido no momento da votação. Sempre o diálogo e a negociação são os caminhos para que possamos aperfeiçoar e corrigir os eventuais erros. Muitos estão fazendo gozação com o valor avaliado. A atualização dos imóveis de Salvador já era para ter sido feita há anos. Eu lembro que na época de Imbassahy, existia sempre uma promessa da prefeitura contratar uma pesquisa que identificasse casa por casa, rua por rua, qual o valor daquelas casas. É verdade que, em muitos casos, as pessoas estavam um IPTU menor do que o devido. Mas é verdade, também, que o que foi feito estipulou o IPTU muito acima do valor do imóvel. O correto é fazer uma avaliação caso a caso.


Bocão News - A questão da falta de debate remete a outra situação. O tempo de trâmite nas casas legislativas, de projetos do Poder Executivo, é sempre menor e açodado. Impede um debate e escanteia a participação do parlamentar. Essa é uma queixa recorrente, tanto de deputados quanto dos vereadores. Como melhorar isso?

Falo isso não na condição de secretário, mas de deputado federal. Digo sempre que espaço na política você não pede, você conquista. O que leva, às vezes, o Executivo a querer votar de forma açodada, é a expectativa de que o projeto vai tramitar muito tempo se ele tiver o trânsito normal. Temos que buscar um meio termo. Ter um prazo definido para o projeto ser votado, mas um prazo que possibilitasse debater com a sociedade, com que votou neles, prestar contas, e até sugerir alterações que pudessem melhorar a proposta inicial. Com receio de que essa proposta tramite por muito tempo o Poder Executivo pede urgência-urgentíssima e o governo federal emite medida provisória.

Bocão News - Tem receio que essa pressa e a falta de debate provoquem novas manifestações? Como é que pretende lidar com isso?

Quem é democrata não tem receio de manifestação. Eu passei a minha vida inteira na militância política e em movimentos sociais. Fiz muitas manifestações, fiz greve, e portanto acho que isso faz parte da democracia. Eu lutei, na década de 80, pelo fim da ditatura e para que qualquer cidadão pudesse se manifestar. O problema não é manifestação. O que estamos vivendo no país é que alguns grupos estão se aproveitando de manifestações legítimas da população para fazer atos de violência, atos de quebra-quebra. Isso, em minha opinião , não é desejável, não é bom para a democracia e não é bom para o país. Infelizmente, isso provoca situações como a morte do cinegrafista da TV jornalista que nós assistimos. A vida humana precisa ser respeitada acima de tudo e o Estado precisa garantir o direito de quem quer se manifestar e o Estado precisa, também, garantir o direito de quem não quer se manifestar. Então, se alguém quer levar sua esposa para o hospital ou quer assistir um jogo de futebol, nenhum direito é melhor do que o outro, são iguais. Os dois direitos têm quer ser garantidos pelo Estado brasileiro e baiano. Se as manifestações sempre forem pacíficas, contribuirão para o fortalecimento da democracia.


Bocão News - Voltando um pouco no assunto que nós tínhamos tratado, que é um ponto batido da oposição, o custeio da máquina pública, que, principalmente na Bahia, é muito alto.  Por isso que, muitas vezes, falta recursos para você investir e aplicar em outra coisa. É possível enxugar a máquina? A quantidade de secretárias é, de fato, muito grande? É possível ajustar? E de que forma?

O número de secretarias deve ser do tamanho necessário para dar eficiência e as coisas acontecerem. Acho que ainda precisa de ajustes. O governador tem essa opinião e eu também tenho de que precisamos fazer ajustes no formato e na estrutura e nós iremos fazer os ajustes na estrutura do estado. Agora, isso não combina com o discurso do custeio. Isso é bom que fique claro para a população. Se eu abro um hospital, eu vou ter que comprar alimentação, remédio e pagar salário para médicos e enfermeiros. Isso chama-se custeio. Se eu não abrir um hospital, eu não terei custeio. Se eu tenho uma escola ou abro uma creche, eu tenho que colocar professor, merenda para os guris, material escolar, vou ter que pagar energia e água. Isso tudo é custeio. Não ter custeio significa que não está oferecendo nenhum serviço. O custeio ruim é aquele que é desperdício. Se eu tenho cargos, além do que são necessários, eu estou desperdiçando dinheiro. Temos ajustes a fazer. É difícil agora precisar, só depois de contabilizar. Botando a mão na massa, eu diria que nós faremos ajustes na atual estrutura do estado, mas não é isso, e eu quero deixar muito claro, não vai resolver o problema do financiamento do estado. Hoje, se você me perguntar, qual é o grande drama de financiamento dos estados, eu vou responder: previdência. A Bahia está tomando emprestado, esse ano, 2,5 bilhões para pagar salários de aposentados. Os aposentados são pagos hoje com a receita mensal do estado. Esse é um elemento que impede um reajuste maior dos servidores ativos porque compromete boa parte da receita.


Bocão News - Ter o DEM hoje na administração da capital do estado, de alguma forma, motiva, faz a máquina estadual andar e acelerar o passo?

Comparando com o futebol, se você tem um craque em campo e um jogador que demonstra capacidade de o substituir, isso serve de estímulo. Assim é a democracia e é bom que seja assim. Isso motiva a todos a estar trabalhando mais e melhor para a população. A boa concorrência é a concorrência que o povo que ver, com todo mundo trabalhando melhor para ver quem recebe mais aplausos.

Bocão News - Quais são as grandes diferenças hoje entre uma gestão do PT, com os compromissos do PT, em relação a uma administração do Democratas?

Eu diria que a grande diferença é a prioridade na inclusão social. Isso fez a diferença no país e os outros não fizeram no passado. Para frente, eu diria que é a continuação desse processo de inclusão social. Ainda não resolvemos o problema. Ainda temos muitos analfabetos, sem acesso aos ensinos superior e técnico, portanto, ainda não chegamos ao final da linha. Temos muita inclusão social a ser realizada. Essa é a grande marca, a grande diferença. Como Lula resumiu. Se no passado, muitos partidos diziam: ‘Vamos esperar o bolo crescer para depois dividir’, Lula e o PT disseram o contrário: ‘O bolo só vai crescer se nós dividirmos’. Esse é o grande ensinamento de Luis Inácio Lula da Silva. Colocando a maioria da população para consumir e ter direitos você garante o crescimento do país. Vou dar um exemplo: a população mais pobre do país sempre enxergou viajar de avião como um luxo. As passagens de avião, no passado era muito caras por que poucos viajavam e muitas das poltronas ficavam vazias. Então, o custo do avião era muito caro. Hoje, os aviões só andam lotados. Se todas as poltronas estão ocupadas, o preço da passagem cai. Por isso, você acha passagem hoje de R$120, R$150, R$200... quando no passador era R$1000.  Fico muito feliz em ver um trabalhador rural, uma empregada doméstica, pessoas simples entrando pela primeira vez em um avião. Isso significa inclusão e oportunidade para essas pessoas.


Bocão News - Faltando pouco menos de oito meses para as eleições, com é que o senhor avalia o seu desempenho nas primeiras pesquisas de intenção de voto?

(risos) Ainda é cedo para analisar pesquisa. Nós temos pesquisas de consumo interno que ainda apontam um grau de desconhecimento grande do meu nome. Alguém pode argumentar: ‘Mas você teve 200 mil votos’. Uma coisa é eleição de deputado outra coisa é a eleição de governador. O que me deixa feliz é que onde eu fui conhecido, nas cidades onde fui votado, ganho disparado na preferência do eleitorado.  O que significa é que quando as pessoas me conhecem elas votam comigo. Na medida em que, em cada canto da Bahia, a população possa me conhecer vai gostar de mim. Fica a expectativa e o desejo delas gostarem de mim. Pesquisa não importa muito agora e isso não é retórica de candidato. Quem é o prefeito de São Paulo, de Belo Horizonte ou de Recife hoje? Todos os três, nessa mesma época do ano, estavam muito abaixo na pesquisa. Só vou passar a me preocupar com pesquisa lá para agosto quando tiver, pelo menos, 15 dias de programa eleitoral.

Bocão News - Nós, que acompanhamos os ambientes políticos, sabemos que existe alguma resistência de prefeitos, de deputados, e aliados ao governador Jaques Wagner que são reticentes ao seu nome. Acho que o senhor lida com isso com alguma tranquilidade e está conversando. O senhor reconhece que existe isso? Teve um envolvimento do senhor na campanha municipal... 

Não reconheço isso como uma regra.

Bocão News - Mas existe, né?

É natural e isso vale para qualquer político. Você, enquanto deputado, você atua em alguns municípios e nesses lugares você tem a pessoa que é aliada sua. Então nesses municípios você vai fazer campanha. Para citar um exemplo próximo: Lauro de Freitas eu fui fazer campanha para o PT e o prefeito atual é do PP. Ele derrotou o candidato do PP nas eleições. Então isso pode deixar o atual prefeito com o pé atrás. Mas eu tenho absoluta tranquilidade, tenho conversado com os prefeitos, na condição de governador, você passa a ser juiz, você deixa de ser parte da disputa municipal. Então, eu tenho esse entendimento muito claro. Tenho conversado, inclusive, com quem são os nossos aliados históricos em cada município e dizer, na medida em que vamos receber apoio de dois partidos diferentes em um mesmo município, eu serei árbitro. Nesse município, eu não serei parte. Assumimos esse compromisso e pretendemos manter aquilo, que na minha opinião, Lula começou e que Wagner mantém na Bahia: um tratamento igual a todos os prefeito independentemente da filiação partidária. Isso tem que ser mantido. Hoje, eu estava com o prefeito de Feira (de Santana), José Ronaldo, e eu reafirmei para ele que agora e no futuro o tratamento com Feira de Santana será o mesmo, independente de ter apoio ou não. Lá moram baianos e baianas que precisam de ações do governo do estado para melhorar as suas vidas. As pessoas entram nas ferramentas de busca na internet, chegam lá, e acham a sua vida inteira. Isso permite ao eleitor que não ouça só a opinião de outras pessoas. Ele vai pesquisar e buscar fatos para ele formar o seu juízo de valor. Isso é bom e eu diria que tenho tranquilidade. Nós teremos um grande e maciço apoio das lideranças do estado. Prefeitos, ex-prefeitos, vereadores... nós temos regiões que estamos começando a caminhar para preparar um programa de governo. Nessas caminhadas, em algumas regiões estamos tendo 100% dos prefeitos presentes. Boa parte dos ex-prefeitos, que muitas vezes são opositores, também marca presença. Eles percebem que a Bahia está crescendo, está melhorando e querem participar desse processo.


Bocão News - Nesse time aí, o tem o beque, que defende e cabeceia bem, o meia habilidoso, o ponta que corre bastante, o centroavante que faz o gol, o senhor se posicionaria como nesse campo?

Hoje, eu sou meio de campo (risos). Tenho que fazer a mediação entre as duas extremidades. Ser mais duro atrás e ser mais leve na frente para fazer o gol. Sou quem tem que jogar de cabeça em pé, olhando todo o campo. O governador tem que estar com a cabeça erguida olhando todo o estado da Bahia, olhando toda a população, não abaixando a cabeça ou fixando o olhar nessa ou naquela região. Tem que olhar para todos e eu diria que a posição que estaria nesse momento seria de meio de campo para poder olhar o campo inteiro e escolher a melhor jogada. 
Fonte:Bocão News

Zé Neto nega acusações a vereador petista de Feira de Santana


O vereador petista de Feira de Santana Pablo Roberto tem sido a principal pedra no sapato do deputado estadual Zé Neto (PT) atualmente. Fleumático, o edil acusa o líder do governo de à boca pequena associá-lo a uma tentativa de assassinato ocorrida recentemente em Feira e chegou a desafiá-lo a provar o que diz.
Porém, em entrevista ao Bocão News, o deputado negou que tivesse feito qualquer insinuação neste sentido, até porque não conhece o vereador pessoalmente apesar de serem do mesmo partido. A única ligação entre Zé Neto e Pablo Roberto, de acordo com o parlamentar, acontece por conta da direção da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac) na cidade.
O deputado petista revela que anteriormente os diretores do órgão na cidade eram ligados a Pablo Roberto, o que ocorreu com o apoio indireto de Neto. Entretanto, a Secretaria de Administração empreendeu um processo de troca interno e, ao consulta-lo, o líder deu seu aval sob a alegação de que é preciso acatar as decisões do governo. Nesta dança das cadeiras, caíram os gestores ligados ao vereador.
“Espero que isso se mantenha estritamente no campo político. Sobre questão de acusações e polícia quem tem que responder é a polícia e a justiça. Eu não tenho absolutamente nada a ver com isso. Nunca disse nada sobre ele em nenhum veículo de imprensa, na polícia e nem na Justiça”, esclareceu em entrevista. 
Para Zé neto, ser o líder do governo temo “ônus e bônus”, o que implica em, por vezes, contrariar interesses, como o que ocorreu com as exonerações dos antigos diretores do Fundac. “Não tenho o que fazer se o diretor ligado a ele caiu. Eu só dei o meu aval, porque o governo assim decidiu depois de um processo de decisão. Ser governo é isso.”
Pablo Roberto está sendo acusado de ligações com um grupo de extermínio que teria encomendado a morte de um ex-interno do Case Zilda Arns. Em sua defesa, o vereador alega que foi envolvido no caso apenas por motivos políticos e que não tem nenhuma ligação com o fato.

Fonte:Bocão News

 



 QUIJINGUE: Prefeito de Quijingue é denunciado por suspeita de irregularidades na utilização de recursos públicos
Em nova representação feita pela Bancada de Oposição da Câmara Municipal à Procuradoria Geral da República, ao Tribunal de Contas dos Municípios e ao Ministério Público, o prefeito Almiro Costa Abreu Filho (PT) é denunciado por suspeita de irregularidades na utilização de recursos públicos.  

O prefeito de Quijingue deverá responder pelo uso de verba pública na reforma de um imóvel de propriedade particular na sede do município. Sobre o arrepio da lei, a prefeitura teria utilizado quase R$ 80 mil para reformar o antigo prédio do CEAQ, de propriedade da entidade religiosa Sociedade Joseleitos, sem autorização da Câmara Municipal, cita a denúncia.

A reforma do antigo colégio foi realizada pela empresa Global Nordeste Construtora LTDA, contratada pela prefeitura através de Carta-Convite nº 06/2013, no valor de R$ 78.637,00 (setenta e oito mil, seiscentos e trinta e sete reais). Contudo, o objeto do referido contrato é a prestação de serviços na manutenção e reparos das escolas da Rede Municipal de Ensino.


Depois da reforma, o prédio da Sociedade Joseleito foi alugado pela prefeitura por R$ 5 mil mensais para ofertar a maioria de seus serviços administrativos destinados ao público em geral e, em outra parte, para funcionar a creche da sede. O gabinete do prefeito continuou funcionando na sede da prefeitura que também passou por uma pequena adaptação para funcionar uma repartição do Banco Bradesco.

Fonte:Folha da Vila

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